Embora o fado não seja o meu género musical preferido, hoje vou aqui deixar a letra de um ,que é da autoria da fadista Aldina Duarte. Ao ler uma entrevista que ela deu a uma publicação muito conhecida, fiquei fascinada com a maneira de ela estar na vida e com a luta que trava" contra as pressões e estigmas a que as mulheres estão sujeitas". É o caso deste seu poema.
Há um véu no meu olhar
Que a brilhar dá que pensar
Nos mistérios da beleza
Espelho meu que aconteceu
Do que é teu e do que é meu
Já não temos a certeza
A moldura deste espelho
Espelho feito de oiro velho
Tem os traços de uma flor
Muitas vezes foi partido
Prometido e proibido
Aos encantos do amor
Espelho meu diz a verdade
Da idade da saudade
À mulher envelhecida
Segue em frente na memória
Mata a glória dessa história
Da princesa prometida
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3 comentários:
Só tenho pena de não escutar a música desse Fado.
O Poema é lindo como delicada é sempre a Sua sensibilidade na escolha de quanto nos presenteia. Obrigada Mirita.
Ao contrário de ti, Mirita, eu aprecio bastante o fado,como quase todo o género de música, pois para mim a música e principalmente "cantar" faz parte de mim desde tenra idade. E como diz, Lulu, é pena não ouvirmos a música deste poema!
Gosto muito do fado de Lisboa, muito mais do que do fado de Coimbra tradicional.
Quanto a esta letra, se for servida por uma bela música e uma bela voz pode dar um fado bonito.
Assim, só a letra acho um tema vulgar do fado de Lisboa que fala da saudade do tempo perdido...
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