Em sábado de Ramos ,os habitantes da minha aldeia vão aos campos buscar pernadas de loureiro e alecrim e guias de oliveira.
À noitinha esses três elementos são dispostos num ramo com mais ou menos imaginação e de tamanho condizente com o património do seu proprietário.
Na manhã de Domingo de Ramos, lá vão passando a caminho da Igreja Paroquial para assistirem à Benção, Procissão e Missa dos Ramos.
De regresso a casa, o Ramo é guardado numa dependência da casa até dia três de Maio_Dia de Santa Cruz.
Então, nesse dia, os Ramos são desfeitos e transformados em pequenas cruzes, tantas quantas as propriedades que a pessoa possui.
Acabado este trabalho, vão colocá-los nos campos, num lugar bem destacado,para que as colheitas fiquem protegidas de eventuais intempéries.
As sobras destas cheirosas plantas são religiosamente guardadas até ao dia em que uma forte trovoada se desencadeie sobre a aldeia.
Nesses dias são queimadas nas lareiras e este oloroso fumo vai fazer com que a trovoada se afaste para onde não faça perca.
1 comentário:
Cidadania...é também... mostrar as tradições da nossa terra!
Este património cultural não pode ser esquecido!!!!
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