sábado, 29 de novembro de 2008

FILHÓS À MINHA MANEIRA


Queridas amigas e amigos, sim, porque tenho a certeza que entre nós haverá homens com "dedo" pra cozinha.Esta receita foi-me dada pela minha avó e espero que gostem tanto delas com eu, e todos cá em casa.
Já agora deixem que faça uma pequenina homenagem a duas pessoas queridas que fizeram de mim a mulher que sou-MINHA AVÓ E MINHA MÃE-.

E agora a receita que prometi:Ingredientes,

1kg de farinha de trigo
125 gr de manteiga
3 ovos
sumo de uma laranja
leite morno q.b.
sal q.b.
Açúcar a gosto
canela e açúcar para polvilhar
oleo para fritar

Modo de preparar

Deite a farinha num tigelão, faça-lhe uma covinha no meio e deite aí a manteiga desfeita num pouco de leite, os ovos inteiros, o sumo de laranja, açúcar, uma pitada de sal, que pode ser desfeito em leite morno. Amasse tudo com as mãos.
Quando vir umas bolhinhas na massa está pronta a fritar.
Ponha uma taça com oleo, uma com canela e uma com açúcar junto do fogão.
As filhós têm que dançar no oleo isto quer dizer que o recipiente onde vai fritar tem de ser fundo.
Por fim molhe os dedos no oleo , que colocou previamente numa taça, e estique a massa a seu gosto, mais ou menos do tamanho de uma mão, frite e passe pelo açúcar e depois pela canela.
Vá colocando as filhós num prato redondo grande.

P.S.-Coloque pedaços de massa fina, pois ela "engorda" bastante.Se houver muita gente pode duplicar a receita.

E para que a receita fique completa vou-lhes dar um molho que eu considero excelente para todos os fritos de natal:

MOLHO:
250gr de açúcar
1,5 dl de bom vinho do porto
0,5 dl de àgua
uma casca de laranja

Num tachinho, misture o açúcar com o vinho do porto, a àgua e a casca de laranja, leve a lume brando, com cuidado para o vinho não incendiar, e deixe ferver uns minutos,sirva este molho à parte.

BOAS FESTAS E BOM APETITE.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

DOCE AMANHECER


Ontem tivemos ,eu, a lu ,e a dina a feliz ideia de visitar a nossa querida Fatinha.
Soubemos que amanhã vai novamente ao médico, senti uma certa ansiedade nos seus lindos olhos...com estas simples palavras tenho a veleidade de poder minurar esse sentimento...

Se houver, descendo, em tuas tristes faces,
Lágrimas desse teu peito oprimido...
Sorri...pois é preciso que disfarces
O quanto para ti forma sentido.

Envolve o teu olhar de nova esp'rança,
Mesmo que a vida negue algum favor...
A tempestade morre na bonança.
Tudo o que é mau se vence pelo amor.

Depois de noite fria, tempestuosa...
Pode surgir um novo amanhecer...
Pode fazer brilhar nessa alma ansiosa
O que procuras e hás-de ter!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Entre Paredes


Laços de amor
Onde o amor acabou
A desamor... passou
A ódio
A violência
Em dor se tornou.

O sofrimento
Os laços... quebrou
Trouxe o medo
O rancor
As lágrimas
À separação, levou.

O lar desfeito
Os sonhos... desfez
O pesadelo fez nascer
Medonho
Tão profundo
Ao limite de morrer.

Entre paredes, sofrendo
A encobrir...
Por vergonha, a esconder
Tantas vezes a mentir
E até...matar
P´ra viver!

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

GOTA DE ÁGUA

«Fora, a chuva, na vidraça,
Bate devagar, de manso»
É, cada gota, com graça
Pérola que se disfarça...
E guardá-la não alcanço.

O horizonte se escurece.
Cai em nós a nostalgia.
A nossa alma se estremece,
Na chuva que do Céu desce
Numa estranha sinfonia.

Na quimera que me enlaça
E onde o meu olhar não canso...
Uma vida a mim se abraça.
«Fora, a chuva, na vidraça,
Bate devagar, de manso.»

GOTA DE ÁGUA


«Fora, a chuva, na vidraça,
Bate devagar, de manso.»
É, cada gota, com graça,
Pérola que se disfarça...
E guardá-la não alcanço.

O horizonte se escurece.
Cai em nós a nostalgia.
A nossa alma se estremece,
Na chuva que do Céu desce
Numa estranha sinfonia.

Na quimera que me enlaça
E onde o meu olharnão canso...
Uma vida a mim se abraça.
«Fora, a chuva, na vidraça,
Bate devagar, de manso.»



sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A Princesa e o monstro.


Noite dentro, um monstro surgiu!

Com seus olhos meigos, a Princesa o seduziu...


Pensava ele, ser o mais forte que já se viu!

E com seu sorriso doce, a Princesa o iludiu...


Uma corrente de energia positiva, logo o feriu!

Com voz suave, a Princesa as aias preveniu...


E cambaleou, cambaleou, tombou e caiu!

Assim a Princesa de fino trato, o confundiu...


No reino e à volta, a notícia eclodiu!

Trombetas soaram, em redor da Princesa o povo se uniu...


Juntos lhe deram luta, e o monstro sucumbiu!

E a serena Princesa, seu destino seguiu...

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Um desabafo

Foi com muita satisfação que vi que o nosso professor de teologia está presente no nosso blogue, enriquecendo-o.
Espero que cada um de nós continue a participar abertamente, expondo os seus pontos de vista, quer se goste quer não.
Haja Paz e Amor entre os Homens.A vida é demasiado curta para a desperdiçarmos .
Tão fácil viver em Paz.
Saudações.
fatinha

MULHER DÁDIVA



"A toda a mulher que vive e sofre em solidão.

Mulher amada
Mulher amante
Mulher mãe
Mulher esposa.

Mulher força
Mulher combate
Que eu venero
Que te espero.

Mulher que tudo dás
E nada pedes.

Mulher que no infortúnio
Suplantaste a própria vida
Permanentemente dolorida.

Mulher solitária
Do mundo mau afastada.

Mulher que me segues
Que me enlouqueces.

Que me tranquilizas
Que me dás calma
Que me perdes e lês na alma!

Beleza pura
Mulher ternura.

Olhar que respiras ventura!
Mulher desesperada
Por vezes tão mal amada!

Mulher orgulho
Mulher vaidade
Mulher que não tens idade!

Mulher sofrida
Por vezes perdida
Mulher só
Que à solidão te dás.

Mulher que apenas só, sofreste
Que sozinha viveste
E penaste
Sem rancor.

Mulher que casaste com a dor!

De Volta ?

Olá, queridos Amigos
Obrigada a todos pela amizade,pela alegria e força que me transmitem,pelos abraços, pelos poemas, pelas gargalhadas e pelos sorrisos.Com amigos assim, pouco mais necessitamos.
Reportando-me ao poema de Fernando Pessoa que a querida Dina me dedicou,apenas posso dizer que o meu castelo está quase erguido. Cada pedra representa um amigo,alguém que gosta de mim e me apoiou em horas complicadas da vida com palavras de coragem e esperança.E sendo assim estou bem defendida,não é verdade?
Continuo serena na luta que encetei .
Até um dia destes...
Aquele abraço afectuoso.
fatinha

domingo, 16 de novembro de 2008

Para ser pão

Apenas grão...
O lavrador, à terra juntou
Frágil e singela erva, da terra brotou.

Beijada pelo sol...
Que a não abandonou
Imensa seara grávida, se tornou.

Mar doirado...
De vagas, a ondular ao vento
Sem demora, chegou ao fim do tempo.

Espigas maduras...
Prisioneiras de desejado trigo
Pelo peso derrubadas, esperam outro castigo.

Rompe a madrugada...
Despertam, em ruidosa barulheira
É a máquina que já fora canto de ceifeira.

Já não é seara...
É o trigo colhido, muito bem criado
Que pelo sol da eira, é agora esperado.

Da grande laje...
Prossegue, rumo ao velho moinho
Onde moleiro e mó o afagam de mansinho.

É agora farinha...
Alva e fina, fruto de tanto labor!
Para no forno ser pão e vida do lavrador.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

BOAS FESTAS


Aproxima-se mais um Natal e Fim do Ano.

Todos desejamos Boas Festas e um Feliz Ano Novo, com harmonia e paz.

A época que atravessamos não é fácil.

Mas mantenhamos a serenidade e a esperança, pois, com a sua sabedoria

de poeta e homem do povo, já dizia António Aleixo,

"Após um dia tristonho

de mágoa e agonias

vem outro alegre e risonho:

são assim todos os dias."

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

domingo, 9 de novembro de 2008

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pelo S. Martinho


Na caruma é assada
É a rainha da festa...
Tão quentinha, saborosa
Boa personagem esta!


É farrusca , mas gostosa
No dia de S. Martinho
Há nesse dia uma festa
Prova-se também o vinho.


Não pode faltar à festa
Sem ela, não há magusto
Redondinha e tostada
Se estoira, prega um susto.


É neta do castanheiro
Muitas irmãs, ela tem
São todas da mesma cor
O ouriço... é pai e mãe.


Em Novembro, abre o ouriço
Começa ela a espreitar...
Quando nasce...cai ao chão
Logo a querem apanhar!


Parabéns à Lulu

O seu poema "Por quem já partiu" suscitou 10 comentários o que é inédito no nosso blogue.
Como fundador de um partido político em Mangualde de que fui activista, estou habituado a ouvir opiniões diferentes da minha sem que isso me incomode. Também estou habituado a que outros me defendam e a estes costumo agradecer. É o caso...
Neste blogue tenho colaborado com todo o gosto, fazendo principalmente uma coisa que sei que é muito difícil: interpretar poesia.
Continuarei a fazê-lo porque como diz Fernando Pessoa "tudo vale a pena se a alma não é pequena"...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Princesa Prometida

Embora o fado não seja o meu género musical preferido, hoje vou aqui deixar a letra de um ,que é da autoria da fadista Aldina Duarte. Ao ler uma entrevista que ela deu a uma publicação muito conhecida, fiquei fascinada com a maneira de ela estar na vida e com a luta que trava" contra as pressões e estigmas a que as mulheres estão sujeitas". É o caso deste seu poema.

Há um véu no meu olhar
Que a brilhar dá que pensar
Nos mistérios da beleza
Espelho meu que aconteceu
Do que é teu e do que é meu
Já não temos a certeza

A moldura deste espelho
Espelho feito de oiro velho
Tem os traços de uma flor
Muitas vezes foi partido
Prometido e proibido
Aos encantos do amor

Espelho meu diz a verdade
Da idade da saudade
À mulher envelhecida
Segue em frente na memória
Mata a glória dessa história
Da princesa prometida