domingo, 5 de outubro de 2008

SAUDADE

Não tenho saudade
Do toque do despertador
Não tenho saudade
De cedo ter de acordar
Não tenho saudade
Dos dias mais que cheios
Não tenho saudade
Das noites a trabalhar.

Tenho saudade...
Dos dias felizes na escola

Tenho saudade...
Dos alunos de sacola

Tenho saudade...
Dos meninos que vi crescer.

Tenho saudade...
Mas...de partir era hora!
Tenho saudade...
Do que recebi e dei
Tenho saudade...
Dum tempo que já deixei.
Tenho saudade...
Foi um tempo que passou
E a libertação chegou.

1 comentário:

joao loureiro disse...

Há neste poema uma aparente contradição,que é própria da poesia,entre a saudade e a libertação.
Mas compreende-se perfeitamente e é muitas vezes natural,como neste caso.
Gostei.