terça-feira, 10 de junho de 2008

Aprendendo Mirandês


Mira-me, Miguel
Cumo stou de bonitica!
Saia de burel,
Camisica de stopica.

Tengo três meninos
Num tengo que le dar,
Pongo-me a oubi-los
A ensina-los a beilar.

Tengo três oubeilhas
Mais ua cordeira,
Quiero me casar
I num acho quien me queira!

Beila, Pedro, beila!
Senhora quiero pan!
Beila mais um pouco,
Que lhougo te el daran!

Bamos a la cama!
Bamos a drumir
You lhiebo la manta
You lhiebo l candil!

Bi benir la gaita
I l gueiteiro nó
Oh que pena tengo
No miu coraçon!
Tengo jeriboilas
Guisadas cum patatas
Bamos a come-las
Que san buenas e baratas!
(canção de autor descohecido)


Actualmente, em plena recuperação, o Mirandês vai ocupando o seu lugar junto às suas gentes pois a história de um povo faz-se com aquilo que a estória lhe deu para o bem e para o mal e faz parte da sua própria identidade.


Miranda do Douro foi uma cidade importantíssima no tempo dos Romanos, que lhe deram o nome de Conticum, depois de Paramica e por fim de Seponcia. Conquistada pelos Árabes em 716 , estes deram-lhe o nome de Mir-Andul donde deriva Miranda. As origens da povoação poderão estar num castro da Idade do Bronze.
Teve forais dos dois primeiros Afonsos, em 1136 e 1217, e de D. Dinis, em 1286. Este rei amuralhou-a, acastelou-a e nessa mesma data, elevou a povoação à categoria de vila"ad perpetuam".


Miranda do Douro é sede do concelho, formado por 16 freguesias que se estendem por uma superfície de 484,08 quilómetros quadrados.


Durante todo este percurso foi-se constituindo um conjunto de palavras como...fidelidade, constância, poder, vitória, ardis, guerra, humildade e riqueza que demonstram a raça, o querer e a forma de estar dos mirandeses.
(Pesquisa da Internet)

2 comentários:

joao loureiro disse...

Eu já fui a Miranda do Douro há uns anos. Estavam a restaurar e bem a cidade dentro das muralhas.
Valeu bem a pesquisa da Dina. Ficámos a saber o essencial da sua história e vale a pena que continuem a explorar o Mirandês com que se escrevem versos tão bonitos. E para apreciá-los basta saber português.

Anónimo disse...

Que boa ideia tiveste em abordar um tema diferente daqueles que aqui têm sido tratados!
Achei optimo!